Nossa, que tamanha correria. Chegamos no aeroporto as 16:30. O check-in só começava as 17:40, nem preciso dizer que fomos os primeiros a chegar, né?! Formamos a fila do check-in onde nem os funcionários da Aerolíneas tinham chegado ainda.
Bom, quando faltava uns 40 min pra começar o check-in, chegou um senhor e ficou atrás da gente e começou a puxar papo sobre a Australia, que ele estava indo visitar a filha que mora lá há uns 10 anos e tal. Papo vai, papo vem, não me lembro como, ele nos mostrou uma carteirinha de vaxianação internacional e nos disse que precisava da vacina da febre amarela pra entrar na Australia! SOCORRO! Como assim precisava da vaciana? E aí começou a correria!
Não tinha ninguém no guiche da Aerolíneas pra nos dar informação e, quando finalmente alguém apareceu, ele não sabia o que tínhamos que fazer, já que, segundo ele, nunca havia acontecido isso, todos os passageiros sempre chegavam com a vacina tomada e com o papel internacional em mãos.
Nesse momento todos ficaram malucos, meu pai e o meu sogro começaram a correr pelo aeroporto buscando informações, foram até a ANVISA onde foi informada a real necessidade da vacina para ir para a Australia. Entramos num semi-desespero, afinal, junto com essa informação da ANVISA, meu pai descobriu que o posto de vacinação do aeroporto foi fechado e que precisávamos ter tomado a vacina com uns 10 dias de antescedencia. Como também descobrimos que para a Nova Zelândia não precisava da tal da vacina, o plano B era pagar a multa e mudar a passagem para descida na Nova Zelandia.
Bom, só sei informar que, depois de uns 20 min de espera, o funcionário da Aerolíneas nos disse que poderíamos tentar correr em alguem posto de saúde pra tomar a vacina e, se chegássemos até as 19:40 de volta, poderíamos embarcar. Meu pai já tinha a informação de que na rodoviária do Tietê tinha um posto e que a vacina era aplicada até as 20h, isso era 18h. Iuri, eu, o Rafa e meu pai saímos em disparada, correndo mesmo pelo aeroporto, pra ir do Terminal 1 até o Terminal 2, onde estava o carro, pagar o estacionamento enquanto isso, pegar o carro e correr, correr, correr. Em exatos 25 minutos estávamos na rodoviária onde, o Iuri e eu, saímos correndo até o posto. Tomar a vacina foi rápido, as enfermeiras foram simpáticas e gentis, foi tranquilo e quase indolor. Toca correr de volta pro carro e pro Aeroporto de novo. Chegamos lá, na ANVISA para "trocar" a nossa carteirinha de vacina nacional por uma internacional, era umas 19:05. Pra ajudar, a moça da ANVISA estava muito ocupada lendo jornal pra agilizar as coisas pra gente, nos disse que pra fazer essa troca tinha q fazer um cadastro online e o cadastro tinha q ser feito em terminais dispostos alí na ANVISA mesmo, mas claro só tinham 2 e os dois estavam ocupados por um casal de mulas mancas. Por fim, fizemos o tal do cadastro e passamos pela atendente de má vontade, e já era 19:20, tínhamos exatos 20 min. para correr, de novo, do terminal 2 até o 1 para fazer o check-in.
Chegamos lá as 19:30, perguntamos até q horas poderíamos embarcar e ela disse: 19:50....ou seja, com toda essa correria sobrou pouco tempo para nos despedirmos de todos que foram lá no aeroporto, por um lado, isso foi até que bom, menos tempo pra chorar e sofrer. Saímos do check-in e já fomos direto pra fila do embarque.....veio a parte difícil de abraçar a todos e dizer o quanto os amamos e que não vamos esquecê-los e tudo mais, abracei e beijei cada um que fez questão de ir nos dar tchau lá, senti falta de algumas pessoas, mas tudo bem, a vida é assim!
Falar tchau é sempre muito difícil, principalmente para nós que nunca saímos de casa e, de cara, vamos para outro país, em outro continente.
Queria muito que todos soubessem o quanto os amamos. Sei que muitas vezes faltam palavras, mas eu espero que com meus atos todos tenham entendido o quanto os amo e que náo foi por falta de amor e carinho que decidimos por tamanha aventura e sim, exatamente pelo contrário, é pq nossos pais nos criaram tão bem que nos deram o estudo, a cultura, o caráter e a coragem de nos sentirmos preparados para encarar os desafios da vida. É por eles que sabemos o quanto somos amados e o quanto somos, fomos e seremos amparados caso precisemos.
Amamos demais vocês, sentiremos muito a falta de cada um e queremos que, um dia, sintam orgulho de nossa coragem.
Beijos.